terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Sejam bem vindos!



A Cia. Gritos e Sussurros vem ao longo dos últimos 6 anos desenvolvendo um trabalho criterioso quanto as suas idéias.

Outrora um grupo grande, hoje conta com 6 membros efetivos, 1 diretor e cinco atores.

Nos seus trabalhos, sempre se preocupou com o texto teatral e a elaboração de uma dramaturgia atual que busque junto a seu público o divertimento reflexivo.

Com exceção de “As Troianas” (2004), onde o texto de J.P. Sartre nos lançou na cena paulistana, desenvolvemos textos próprios, que em seu conteúdo cria personagens, situações e conflitos diretamente ligados ao pensamento e vivência do grupo junto à sociedade.

Não somos interessados em desenvolver um trabalho hermético, ou uma pesquisa que busque apenas nós mesmos; somos interessados em dialogar com o público, levá-lo a se envolver com a trama, rir, chorar, torcer e opinar...Olhar pra si mesmo e pra sociedade, para as relações humanas, para as relações a dois.

A trilogia que criamos com ”A Inquisição da Alma” (Airen Wormhoudt/2005), Diálogo de Nós Dois (Airen W. e Zédú Neves/2006) e agora A Bomba e o Beijo (Zédú Neves/2009) delineia uma performance clara da Cia., focada no ator, na interpretação teatral dentro de uma estética contemporânea.

Nossos textos buscam o riso sem deixar de construí-lo dentro de uma tragicomédia cotidiana, encontros e desencontros, ilusão e esperança, amor e frustração.

A Bomba e o Beijo, por exemplo, convida o espectador a optar, escolher quem defender ao longo do espetáculo, e acreditamos que ao final, a questão aponta para uma complexidade da relação a dois. Homem e mulher perdidos nos seus anseios e desejos, na busca de uma felicidade viciada em velhos padrões, que sempre vem à tona, quando na vida real nos deparamos com as agruras do amor e das situações amorosas.

Com um elenco jovem, na média dos 24 anos, acreditamos ousar na proposta de oferecer ao público, ênfase no texto teatral, já que nos dias de hoje, o moderno e o contemporâneo, ao inovarem, muitas vezes acabam por privilegiar o ambíguo, o “vale-tudo”, e as experiências mais alternativas, os ambientes mais fechados do nosso eu.

A Cia. Gritos e Sussurros não faz um trabalho para si, faz para o “nós”... Seres humanos... Demasiadamente humanos... Não podemos nos esquecer disso!

Zédú Neves

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